O começo de um ano é como começar uma trilha nova que a gente nunca pedalou. Colocamos uma boa jaqueta corta vento e nos sentimos cheios de energia para o que der e vier. Temos como mapa da trilha apenas um calendário, que mostra o norte da direção que queremos chegar: o alto de um vale, o fim de mais um ano.
O mapa que temos é certeiro em apenas um aspecto: o tempo corre mais rápido que nossas bikes. Não importa quão difícil e desafiadora será a trilha, a noite vai cair. Mas a boa notícia é que sempre vai amanhecer. Antes de dar a largada inicial para a trilha do novo ano podemos escolher se vamos na modalidade em equipes, ou se vamos fazer a trilha individual.
Nenhuma das escolhas é mais simples ou mais difícil, e nada impede que no meio da trilha você mude de modalidade. Por mais que a gente se conheça, por mais que conhecemos os nossos limites, a gente não conhece os desafios que estão pelo caminho, e mudar de estratégia muitas vezes é necessário para atravessar um trecho mais acirrado. O apoio da equipe pode ser fundamental em uma subida íngreme.
Então, todos nós, atletas da vida, subimos em nossas bikes, curiosos com a trilha de 2020, e ansiosos pela largada. Muitos esperavam que fosse a trilha de suas vidas, havia planos, sonhos, a gente sabia que teriam subidas muito íngremes, desafios e perigos. Mas nenhum de nós imaginou parar.
No mapa da trilha de 2020 não estava indicado que em algum momento do percurso nós teríamos que descer da bike. Que desacelerar. O percurso esse ano não se tratava de uma corrida, não era sobre velocidade. A bandana se transformou em máscara.
Esse ano foi sobre contemplar, cuidar da peça que faz girar as rodas da bicicleta: a gente. Quando corremos de bike, e quando corremos no dia a dia, vemos a vida ao nosso redor como um borrão. Esse ano tivemos o freio da bicicleta forçado. Houveram noites longas, o céu ficou muito mais estrelado, mas amanheceu. E para cada dificuldade, vai haver um amanhecer.
Alguns não conseguiram completar a trajetória de bike, alguns chegaram até aqui a pé, outros apenas esperaram e entenderam o que o mapa/calendário dizia: não importa onde você estiver na trilha, se você estiver dando o seu melhor, então você vai ter alcançado a linha de chegada!
É hora de pegar nossas medalhas, de comemorar (com todos os cuidados necessários) nossas vitórias. De descansar e de logo começar o aquecimento para nossa próxima aventura: a trilha de 2021.
Enviamos nossa solidariedade a todos que perderam pessoas queridas ao longo deste ano. A Febe Fitness deseja que tenhamos todos um 2021 cheio de esperanças, bençãos e principalmente que não falte saúde e trilhas emocionantes.
Feliz ano novo!